sexta-feira, junho 30, 2006

Dalai Lama

Há mensagens que é necessário serem recordadas, e esta, é uma delas!!!
Tenham um bom dia :-) !!!

domingo, junho 25, 2006

Nada

Hoje é um daqueles dias que Quero, mas não consigo.
Permito-me observar os que comigo interagem, sem me identificar, sem me incluir.
À partida excluo-me para não me envolver… que fazer! Nada!
Observo os exultantes que pulam e seguem em minha volta, e já cá não habito, não hoje, que permanece no Nada.
O vácuo desta existência configura-se de dia para dia mais enraizado neste espírito que ainda não desistiu, mas que se sente dormente por não sentir o que devia. Uma mão cheia de Nada, nada mais!
Hoje é um dia de Nada, com mais uma temida noite passada no vazio.
As noites com os seus monstros que me arrancam a pele e me sangram os pensamentos, deterioram a alma decepada de tantas lâminas aniquilar… já não se completa, já não se regenera. Que fazer? Nada! Nada a fazer por algo que já está feito.
Queria dormir para poder acordar no dia seguinte, ver alvorar, e saber que tudo se refez e que o Nada desapareceu.
É no alvorecer que eu me regenero, mas sem a noite, tudo fica em Nada, mais uma vez…
Queria sentir o benigno para esquecer o brutal. E nada me leva ao caminho que deveria seguir, não confio. Temo que, permanecendo me anule em quem não consigo mais ser… e assim não sou, deixei de Ser.
Todos os passos, todos os actos se conflituam em algo que se degenera, não o desejo, mas vejo-o acontecer, inútil, e sem nada poder fazer… Nada! Uma mão cheia de Nada é o que levo comigo sem querer fugir, mas de costas voltadas para o passado que teimo em deixar para trás… será que um dia ele lá permanecerá???
Na minha caixinha, junto das Pedras da Lua que o meu Peregrino me presenteou, fecho a esperança de querer deixar de reviver pretéritos… o presente do verbo ambiciono conjugar, mesmo que o tenha que fazer com uma mão cheia de Nada!
E esta noite que não passa…. Amanhã saberei de mim!

sexta-feira, junho 23, 2006

A Esperança



Tales de Mileto anunciou que a coisa mais constante na nossa existência, é a Esperança, porque permanece no Homem, mesmo depois deste ter perdido tudo o resto.
Tales de Mileto era um sábio...

quinta-feira, junho 22, 2006

Solstício de Verão









Ohhhh. Sol, eu saúdo-te.

Comemorei mais uma vez o teu nascimento com a magia que contigo arrastas.

O Solstício aconteceu trazendo consigo bons augúrios...

Eu saúdo-te oh Sol!!!

terça-feira, junho 20, 2006

Há Vezes
















Há vezes que me consumo na minha essência
Enlouqueço, e choro, e zombo, e grito
Por um dia de paz na penosa existência.

Há vezes que descreio que experimento vida
Desesperando por um segundo da minha sanidade
Cansada de estar parada por mais um dia nesta corrida.

Há vezes que danço a dança dos loucos
Agrado para os ventos as canções do poeta
Que das suas estrofes entoam acordes, tão roucos.

Há vezes que me reproduzo no espelho chão
Ora envelhecida, ora ressuscitada
Das cinzas da desordem da minha união.

domingo, junho 18, 2006

Rotina


Passamos pelas coisas sem as ver,
gastos, como animais envelhecidos:
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos,
como frutos de sombra sem sabor,
vamos caindo ao chão, apodrecidos.

Eugénio de Andrade


Que o destino me permita ter o olhar dos que olham pela primeira vez, dos que se espantam com o belo e o diferente. Dos que olham com olhos que vêem e o coração que sente... Que o destino não permita que perca o meu sentir...

sábado, junho 17, 2006

A manhã






A manhã alvorou vestida das cores cambiantes de azul, rosa e outros tons de azul. Escondeu-se do nevoeiro pardacento que se desfez da humidade trazida dos oceanos.
Desprendeu-se ao sol do meio-dia, e gradativamente aquecendo, esvaneceu-se com o início da tarde, quando os corpos, fugindo desta ardência, se preparavam para a "siesta" hibernante.
Invisível, transmutou-se e deixou-se absorver no ideal dos poetas que amam sem ser amados.

Assim os insensatos sonham…
- A manhã teve início depois da primeira madrugada que passámos juntos..

quinta-feira, junho 15, 2006

quarta-feira, junho 14, 2006

Kiss in the Moonlight Serenade


A lua está plena de luz e reflecte-se no mar.
As ondas balançam e espreguiçam-se pela areia acima.
A brisa acaricia os corpos no seu percurso, e traz os odores de terra molhada dos aguaceiros da tarde.
Ao longe ouve-se Sinatra cantar o Moonlight Serenade.
Os amantes tocam as mãos e aproximam os corpos mornos de expectativa.
Ondulam ao ritmo das emoções.
Olham-se, ofuscam-se, devoram-se em êxtase.
Os lábios aproximam-se e afloram-se, tácteis, sensiveis.

Bebem-se de emoções que sabem poder noutro lado extravasar.


"I stand at your gate
And the song that I sing is of moonlight
I stand and I wait
For a touch of your hand in a june night
The roses are sign of moonlight serenade
The stars are all aglow
And tonight how their light sets me dreaming
My love, do you know
That your eyes are like stars brightly beaming?
I bring you, and I sing you a moonlight serenade
Let us trace 'til break of day
In loves valley of dreams
Just you and I, a summer sky,
A heavenly breeze, kiss on a tree
So dont let me wait.
Come to me tenderly in a june night.
I stand at your gate
And I sing you a song in a moonlight.
A love song, my darling, a moonlight serenade "

Frank Sinatra

terça-feira, junho 13, 2006

És!


Permanentemente camuflada com as cores da realidade, és o que és... mulher, mãe, Deusa, filha, irmã.
És um pouco de ti, mas tudo de um todo. Um círculo perfeito. A entrada e a saída, a pergunta e a resposta, a tese e a antítese.
Sobrevives como podes quando o tempo vira e os costumes mudam. Vestes ou despes consoante o teu amo te ordena, consoante as Eras o permitem... mas és mulher, mãe, Deusa, filha, irmã... única e sagrada.
És!

terça-feira, junho 06, 2006

Abraça-a



Limita-lhe o tempo, limita-lhe a vontade.
Não a deixes pensar que pode retroceder...
Abraça-a e silencia os gritos que ouve e que a fazem temer.
Beija-lhe os dedos,
E murmura-lhe segredos
Ao ouvido dormente de quem deseja adormecer.
Abraça-a, toca-lhe os lábios que vês tremer.
Acaricia-lhe a pele que sentes ferver,
Abraça-a, não deixes correr...

quinta-feira, junho 01, 2006

Queria voltar a ser a nina que fui em tempos…
Quero jogar á macaca, saltar ao eixo, ao elástico, os muros e de cima das árvores.
Sentir que o tempo não passa e que o aniversário não chega, que o Natal tarda muito e que o dia da árvore tardou a aparecer.
Quero sujar-me a comer a gelatina, fazer nódoas na roupa a brincar na terra.
Pedir para ficar na rua mais um bocadinho quando me chamam para regressar a casa.
Quero entrar na casa das minhas amigas para ir brincar e lá ficar para lanchar uma carcaça com queijo e compota caseira.
Quero que me chamem pelo meu primeiro e segundo nome; não quero que me chamem pelo meu último nome.
Quero usar calções sem ter receios de mostrar os joelhos.
Quero usar vestidos e fitas no cabelo e ter a vaidade ingénua de quem mostra o que é novo, só porque é novo e bonito.
Quero ter como preocupação os trabalhos da escola, a hora do almoço, e o açaime do doberman da vizinha do 4º andar.
Quero poder voltar confiar que a vida é simples e de faz de conta.
Mas, eu ainda sou a nina que fui em tempos, inconvenientemente com os preconceitos, os atilhos, e as complicações da mulher que sou agora.
Junto das pessoas certas, posso sempre regressar à nina que fui em tempos, sem atilhos, vestida de vestidos e fitas e calções, e mostrar os joelhos sujos de terra, e comer gelatina e ser chamada pelo meu primeiro e segundo nome.
Sempre que posso, regresso à criança que desejava ardentemente ser a mulher que sou agora.