quinta-feira, julho 10, 2008

Não sou pressa, não sou lentidão
Entro sem bater e permaneço
Deito-me no teu tapete e amanheço
Despojo-me de mim e da tua solidão

Não decido ser miséria nem ambição
Só uma luz nas tuas trevas a dançar
Um guia que segura as ondas do teu mar
Um farol a abrilhantar-te o coração.

Desejo ser desassossego na tua pele quando te miro
E com os sentidos te sentir na ternura a abundância
Naquele cenário de velas acesas num fascinar da fragrância,
Que se solta de mim e se reflecte no deslumbre das roupas que tiro.

Deixo-me perdida no teu corpo e o meu amor transpiro
Nestes altos e baixos das vagas desse teu oceano
Limito-me á luz que faço emergir no teu plano
E aquieto-me no teu tapete a lançar-te esta energia que respiro.

25-01-2008 1:00