domingo, julho 31, 2005

Now, feeling is verb in that secret path i follow...

Não consigo pensar…
Não consigo raciocinar
Pensamentos que não surgem
Verbos que não urgem
Em seguir o seu caminho

Cláudia Vaz Antunes

sexta-feira, julho 29, 2005

Recordo Eugénio


Alimentas-me a alma, embriagas-me o espírito…

Com humildade absorvo o que transmites.


Não desejo ser tardia, desejo ser-te grata!



Foto e poemas extraídos de Poesia e prosa, O Jornal/Limiar, Lisboa, 1990.

Adeus

"Como se houvesse uma tempestade
escurecendo os teus cabelos,
ou se preferes, a minha boca nos teus olhos,
carregada de flor e dos teus dedos;

Como se houvesse uma criança cega
aos tropeções dentro de ti,
eu falei em neve, e tu calavas
a voz onde contigo me perdi.

Como se a noite viesse e te levasse,
eu era só fome o que sentia;
digo-te adeus, como se não voltasse
ao país onde o teu corpo principia.

Como se houvesse nuvens sobre nuvens,
e sobre as nuvens mar perfeito,
ou se preferes, a tua boca clara
singrando largamente no meu peito."

Donde vêm?

"Donde vêm?
De que rosto, de que estrela?
Apenas uma arde no vento.

As outras, fico a ouvi-las escorrer da pedra.
Apenas uma em silêncio brilha.

As outras mordem um coração de homem.
Só prometido à terra. "

quinta-feira, julho 28, 2005

Procuro
Nas ondas do mar
O aroma da tua presença
Que quero tanto amar.
E voltando a ser criança
Construo castelos no ar.

Procuro
Na frescura dos jardins
As tuas mãos esguias
Que ensinadas por mandarins
Me enlevam às suas magias.

Procuro
Entre a multidão
O rasto do teu corpo
Que de recordação
Me deixou tanto, e tão pouco.

Cláudia Vaz Antunes
1996

quarta-feira, julho 27, 2005

Te Conozco


Te conozco
En la mitad
Del silencio
De la ceguera

En este espacio
Infinito
En este espacio
Lleno de nada

Y entre nosotros
La distancia
El polvo
De estrella

En la noche
Donde
Acostumbramos hablar

A donde las almas
Les gusta bailar
Donde este silencio
Se convierte en luz

No puedo ver tu sonrisa
No puedo tocar tus manos
No puedo escuchar tu corazón
Pero si puedo sentir

La ternura
De tu alma
Puedo sentir
Las olas de tus pensamientos

La experiencia
Las cosas de lo invisible
Las sombras
de tus ojos

La visión de Lisboa
Que tengo de tus emociones
El impulso
De tus palabras

No sé
de lógica alguna
no sé
de la locura

Solo sé
Que tu
Eres
Un maravilloso ángel!

Miguel Immas

Tributo aos meus dois Anjos


Perguntar-te-ás sobre a sincronicidade
E a razão de ser da natureza
E na resposta zombarias da mediocridade
Rirías da falta de curiosidade
Desprezarías o que a civilização despreza.
Julgarias os quatro elementos
Provarías de tudo o que é prazer
Dissecarias todos os seus momentos
E transformá-los-ías em sofrimentos
Se felicidade não te soubessem trazer.
Horas de sono dispendidas a pensar
No que haverias perdido
Do suave murmorejar
Do lento e perigoso fraquejar
Deste mundo por ti esquecido

Outubro de 1999
Cláudia Vaz Antunes

porque me lembro de citar

"Quem não compreende um olhar, tão pouco compreenderá uma longa explicação"
Mario Quintana

"Não adianta olhar para o céu com muita fé e pouca luta"
Gabriel O Pensador

terça-feira, julho 26, 2005


Espero que este matrimónio esteja para durar

Tudo começa numa dada altura... e este é o meu começo...
O início de mais uma nova etapa com o mundo encavalitado entre os meus dedos nús.

EU SOU


Eu sou a que no mundo anda perdida
Sou aquela que tem de ser forte
Sou a mulher do sonho e desta sorte
Sou amante, sou ferida.
Sou a que passa e não vê
Sou a visão que alguém sonhou,
E que na vida nunca encontrou.
Sou a que sorri sem saber porquê.
Sou a que chamam líder sem o ser
Sou a que veio ao mundo para viver
Só queria ser o Mar de altivo porte
Que ri e canta a vastidão imensa
Queria ser a Pedra que não pensa,
A Pedra do caminho rude, e forte
Queria ser o Sol, a luz da aurora
Que alumia toda a agonia,
Que transforma a noite em dia,
Que limpa as lágrimas de quem chora.