sexta-feira, abril 28, 2006

Dia do Trabalhador


Eu não fumo e nem bebo, e pretendo viver para sempre.
Desta feita, antecipo a comemoração do dia do trabalhador, e vou dedicar-me a um fim de semana prolongado de preguiça, preguiça e mais prequiça (eu não vou morrer de sede, porque não sou parva como a preguiça foi!).
Ainda vou mais longe, vou preguiçar divertindo-me muito. :-)
Se precisarem de mim, não me encontrarão no telemóvel, ele ficou em casa.
Bom Dia do Trabalhador!!!!

quinta-feira, abril 27, 2006

O meu primeiro conto

Saí de casa na esperança de te encontrar.
Vagueei pelas ruas, pelos subúrbios. Procurei-te.
Já era de madrugada, muitos homens me abordavam com piropos e outros ditos pouco próprios para uma mulher com uma educação rigorosa que eu havia recebido. Mas eu não os ouvia, pois não os procurava. Estava absorta na tua busca, era a ti que eu queria encontrar.
Voltei para casa já o dia clareava.
Despi-me, vesti o meu pijama de cetim cor de pêssego e deitei-me, não sem antes olhar para dentro do meu coração e tentar ter um vislumbre da tua imagem. O teu rosto vagueava sem traços na minha mente. Não consegui adormecer. Necessitava que me tocasses, que eliminasses as minhas carências mais profundas.
Liguei o rádio, a música soava tão alto e senti tonturas, o som levava-me para longe, para um romantismo que me doía.
Por fim, adormeci sonhando, mas sem esperanças de calor humano por mais uma noite.
Na noite seguinte, voltei a sair para te procurar.
Quando saí do carro, vi-me perdida no meio da selva, tive medo, ouvia barulhos que eu não reconhecia e que me era impossível identificar. Escurecia e procurei um abrigo na esperança de, logo que o dia clareasse, procurar uma saída para aquele pesadelo deslumbrante de som e de cor sem luz, de silhuetas não identificadas.
Lembro-me que atravessei um riacho, passei por uma represa construída por castores, e por uma pequena clareira onde as árvores ladeantes eram habitadas por corujas afónicas de tanto gritar.
Já sem medo, comecei a adaptar-me aos ruídos da noite. Foi-me mais fácil encontrar abrigo debaixo de um velho e grande carvalho deitado ao chão por alguma força da natureza.
Acendi uma fogueira com a ajuda de um isqueiro que trazia dentro do bolso e sentei-me à espera. Esperava acordar, algum sinal de civilização, talvez um avião a passar. Nada disso aconteceu. Dormitei durante algumas horas. De repente, um resfolgar despertou-me e deixou-me alerta. Olhei sem ver para a escuridão, ouvidos espertos, só os barulhos da noite lhes chegavam, o som do grilo, das rãs em acasalamento, das famosas corujas, da brisa morna batendo nos ramos das árvores e fazendo as folhas arquejar.
Ouvi um rugido. Era de certeza um animal selvagem, perigoso? Não sabia! Tive medo, fiquei apática com receio de respirar. O animal estava muito perto. Sentiu-me a presença, talvez pelo cheiro. O fogo tinha-se apagado e eu estava indefesa, apenas á espera, ouvindo os passos da fera dirigindo-se a mim.
Abri os olhos e olhei para a escuridão. Vi dois olhos luzidios, arrepiei-me. Não sabia o que fazer, o meu instinto dizia-me para me manter quieta. Não tinha como lhe desobedecer, estava paralisada de medo.
A brisa correu mais forte e o céu nublado descobriu a lua, e num feixe de luz eu reconheci um grande felino, era uma pantera negra em pose de ataque, olhar selvagem, arquejante, pronta a saltar sobre mim. Sabia que tinha que fazer algo para me proteger. Um grito ecoou dentro de mim, mas não passou ás minhas cordas vocais.
Repentinamente, o grande felino aproximou-se calmamente, já sem vestígios de me querer atacar. Mantive-me muito quieta, à espera de um ataque a qualquer momento. Já não temia pela minha vida solitária. Crescia dentro de mim uma nova força que me dava audácia. Senti-me erótica, soltei o cabelo que estava apanhado no alto da cabeça e a fera pareceu ficar confusa. Vagueava á minha frente, como que a admirar-me, como que a querer atacar, mas algo a impedia.
A força já não cabia dentro de mim, era como uma luz que me encheu o espírito e depois transbordou. Levantei-me e comecei a dançar a um ritmo ondulante.
O felino estava confuso, a luz que saía de dentro de mim ofuscava-o.
Então, como que por magia, saltou sobre mim derrubando-me. Senti o seu pelo macio. Senti as suas garras afiadas rasgando-me a roupa sem me rasgar a pele.
Quando dei por mim estava nua, lutando com o meu corpo, como um ser selvagem, e apenas a luz discreta da lua nos iluminava.
A nossa luta parecia uma dança primitiva, estonteante, cada vez mais perigosa. Algo em mim me impelia para aumentar a violência aos movimentos, cada vez mais impetuosos, mais ousados.
Então, numa explosão de sentidos, acordei. Estava numa cama que eu não reconhecia, havia um braço sobre mim, senti um suor morno por todo o meu corpo. Senti o calor do corpo de quem estava a meu lado.
Receei olhar, sentía-me confusa.
-Não tenho nada a perder- Pensei.
Olhei e vi um corpo adormecido. Um corpo muito masculino. Senti o seu aroma, era-me familiar. Olhei o seu rosto, não para o identificar, pois já sabia quem era. Tinha apenas a necessidade de o fixar.
Era um rosto suave, de contornos leves e sensuais, uma boca cheia que induz a ser beijada, uma boca que sabe beijar. Um cabelo escuro e revolto, uma respiração calma e regular.
Olhei para o seu corpo macio e forte, e reconheci o que de selvagem havia em cada terminação nervosa.
Também ele acordou, abriu os olhos devagar e fitou-me. Não disse nada, apenas sorriu.
Soube a partir desse momento que já não podia ter medo da solidão. Já não procurava, já não precisava de vaguear, pois já te tinha encontrado. Estiveste sempre ali, naquele lugar selvagem onde eu tinha medo de procurar com o medo do que poderia encontrar.

A TODOS OS QUE VAGUEIAM NAS VIELAS DA VIDA; PROCURANDO O QUE TÊM MEDO DE ENCONTRAR...O SEU VERDADEIRO EU.



1995 ---- Cláudia Vaz Antunes

segunda-feira, abril 24, 2006

O DIA

O meu dia não se apagou, e será dificil extinguir a sua luz, pois sei que ele renasce sempre, noutro ponto do globo, e aproxima-se lentamente da minha noite para me trazer a luz novamente.
É tudo uma questão de geografia, mas, ainda mais do isso, é uma questão de timing... como tudo nesta vida.
Pensando bem no assunto, nada renasce, apenas se modifica do anterior que ficou para trás... é uma evolução constante. Não renasce, porque nunca morreu!
Já Lavoisier defendia que nada se extingue, tudo se transforma.
Assim, tendo este conceito bem presente no raciocínio, o quotidiano parece mais lógico, menos confuso para pacientemente esperar pela luz do dia seguinte.

domingo, abril 16, 2006


So you said i seemed sad. So sad.
That you saw it in my eyes,
that tenderness, that needed to be fed .
But you didn't knew that my spirit was bright, so bright.
And i told you : "Don't be afraid! You just have to give your life, to my life, and i'll give you light."
And so i did. I gave you light, so bright.
You lay down beside me, let me touch your lips
with theese figertips...
...feel your skin below me, above me, inside me.
I don't know about reality,
i don't know if i deserve this reality,
but i dream with the beauty we can make together, if i ever...

A wise man once said: " Beware of your wishes, for they can come true."
This remains beeing my power, my pleasure, my desperate claim.

sexta-feira, abril 14, 2006

Colibri


Quisera eu Colibri, quisera eu dançar como tu, saboreando o néctar das flores, ao som da música dos raios de sol...
Quisera eu bater asas e voar para outro lugar, Colibri, outro lugar mais tépido e doce, como a seiva que saboreias ao bater das asas, Colibri... Quisera Eu...

sábado, abril 08, 2006

A mudança à distancia dos seus Dedos - AJUDE!!!



No preciso momento em que está a ler este post, dezenas de focas estão a ser bábaramente exterminadas no Canadá com fins meramente comerciais.

A caça começou, e no fim desta, estimam-se mais de 300.000 mortes.

E como são elas mortas? - Estas pessoas, que se proclamam caçadores, batem-lhes com um bastão na cabeça esmagando-lhes o crânio, e muitas vezes, com as focas ainda vivas, arrancam-lhes a pele, e deixam-nas a morrer, muitas a sufocar no seu próprio sangue.

Grande parte destas focas não têm mais do que 12 dias de vida, e as mães, impotentes, assistem à sua morte.

No entanto, há esperança! O canadá tem um novo partido no Governo, com um novo Primeiro Ministro eleito, Stephen Harper, e com o necessário apoio da opinião pública, podemos mudar o destino destes animais e impedir a continuação da matança.

Não lhe retira muito do seu tempo, basta um minuto, e está à distancia dos seus dedos: Entre no link abaixo, e assine a petição.

http://www.thepetitionsite.com/takeaction/566342047

São precisas 230.000 assinaturas até ao dia 15 de Abril.

Não vamos continuar a permitir que seja a raça humana o grande parasita deste planeta!!!!

quarta-feira, abril 05, 2006

O tigre e a Neve


Depois da maravilha " A vida é bela", vem o retrato do génio, com " O tigre e a Neve", onde, mais uma vez, Roberto Benini nos revela o universo visto pela sua mente apaixonada, pelo lado do positivismo, mesmo quando tudo parece estar perdido...

Depois de conhecer o seu mundo, afigura-se difícil ao espectador não acreditar que o amor verdadeiro existe, e que tudo se torna possível quando não se desiste de fazer do sonho a realidade.