A lua em mim
No "lugar de nada" onde estacionei, saí do carro e continuei a fitar a lua.
Estas coisas acontecem-me por uma razão que eu não explico porque não tenho como, a lua tem esse efeito em mim, olho-a, e fico extasiada, e perco-me!
Por outra causalidade do destino, uma musica passava naquele momento na rádio: "É isso aí" da Ana Carolina... entranhou-se em mim... chorei como já não chorava há algum tempo. Mas o choro não corria de tristeza, corria de... não sei... emocionei-me... tanto!
Sinto necessidade de abraçar o mundo, de amar sem limites, de abraçar até os ossos me doerem e de mim sair o amor que em mim encerro!
Preciso de sentir que ao abrir os braços tomo meu o Todo que tanto anseio.
... e assim saio de mim para me encontrar, lá fora, com a minha alma nua nas mãos abertas, a cantar em harmonia ao som de uma guitarra... e as minhas lágrimas que me salgam as faces, lavam-me o espirito dos anseios que não vejo realizar.
E a lua ali jaz como testemunha silenciosa do manancial de sentimento que me inebria. A ela abro os braços e canto: - Eu não sei parar de te olhar!