terça-feira, setembro 13, 2005

Uma Meditação



Deito-me confortavelmente, com as pernas e os braços ligeiramente afastados do corpo, palmas das mãos para cima…
Fechando os olhos, imagino que uma chuva violeta cai sobre mim e me lava de todas as inquietações presentes…
Deixo a respiração profunda oxigenar todas as células do meu corpo… relaxando profundamente.
Focando a atenção no meu corpo, sinto-o afrouxar a cada expiração… os pés, as pernas, as coxas, a bacia, o abdómen, o tórax, as mãos, braços e pescoço, o maxilar, os olhos, a testa, o couro cabeludo…
Aos poucos, tomo consciência de que o meu corpo assenta no colchão, e que o colchão assenta na cama que, por sua vez assenta na casa. A casa está sobre a terra e a terra está no meu pais, e o meu pais encontra-se no planeta… e o planeta esta num ponto do universo.
O universo é energia que se reúne num feixe de luz prateada e que desce em direcção ao planeta, e à terra onde me encontro, descendo sobre mim e atestando-me de energia reparadora. Sinto claramente essa energia, essa luz a ser descarregada em mim e sendo absorvida pelas minhas células.
Sinto que o meu corpo inicia uma transmutação, ele regenera-se ao receber essa luz, e ao mesmo tempo clarificam-se as ideias, os pensamentos.
Já não estou preocupada ou apreensiva… Sinto-me livre, feliz, regenerada.
Apenas retirei ao meu tempo uns 30 minutos, 30 minutos que me gratificam com um resto de dia mais bem passado.
Tendo consciência que tenho problemas, mas que Eu Não Sou os meus problemas, tento encará-los com o conhecimento e a luz que possuo nesse preciso momento.
E assim passa mais um dia com o lema, “ao menos hoje não me preocuparei.”

Cláudia Vaz Antunes