Os pós para os olhos dele
Os pós que ponho na cara, os cremes que barro no corpo…
Levanto-me já tarde, ás sete da tarde, quero-te falar, quero-te ver.
Lavo a pele, lavo-me da alma da noite anterior, do espírito que ficou e que não quis ter.
Ficaste em mim sem eu querer.
Saio para ti, só para ti
Vestida de púrpura, calçada de languidez
Com o apanhado no cabelo que caído ainda não desfez
E uma expressão de decidida na pálida tez.
Os trejeitos de mulher
Que de mim, em teus olhos se reflectem
São máscaras que com o sincero competem
Desejando que bons gestos lhe tratem.
Cláudia Vaz Antunes 03-08-2005
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